quarta-feira, novembro 21, 2007

BONECA SEREIA



Uma boneca de pano-encantado,


Que vivia perdida em labirintos de simulações


Acordou diferente uma manhã,


Desconhecendo as razões.


Suas pernas de trapo desapareceram


Substituiu-as uma cauda sedosa!


Um cabelo forte e rebelde,


Suas tranças cor-de-rosa.


Seus olhos fixos, de boneca encantada,


Por olhos vivos, como os de quem não quer perder nada.


Suas mãos sem dedos e de algodão


Por dez dedos que anseiam tocar marés.


As penas, que habitavam seu coração


Por mil desejos, de ter o mundo a seus pés.


Dezenas de bonecos companheiros


Por um golfinho só para encantar.


O pó de suas prateleiras


Pelo encanto do seu infinito mar.


A escuridão das ausentes estrelas


Por uma pura luz... Pelo luar.


Sim, uma simples boneca de encantados trapos,


A quem quedavam sonhos, planos e vida


Acolheu a essência de cada dia,


Para nunca ter uma jornada perdida.


Substituiu castelos


Por mar, Sol e areia.


Não, já não é uma boneca.


Não, hoje acordou sereia.

ANJA

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